JOÃO PESSOA, 05 DE MARÇO DE 2013.
A decisão que deverá ser tomada daqui para frente não depende de uma conversa por telefone, regada a paixões inacabadas ou dramas interiores que percorreram e permaneceram em nossas lembranças.
A palavra crucial para qualquer tipo de relação — seja ela fraternal, carnal, familiar — é: AMOR.
Não estou falando do “AMOR” que nossa sociedade cotidiana insiste em colocar em pôsteres e outdoors espalhados por grandes metrópoles do mundo, dizendo que esse é o “AMOR” verdadeiro e que todos nós devemos seguir, como uma regra, uma etiqueta pregada em nossa testa para determinar que fazemos parte deste mundo, onde tudo é seguir a proposta, seguir o modismo, seguir o que todos estão fazendo ou dizendo, por isso ou aquilo ser certo. — E, olhe, meu rapaz, esse é o “amor”, e o amor é apenas seguir o que todo mundo está postando por aí no Facebook, Twitter, e assim por diante.
Eu acredito, a cada dia mais, no que se refere à Bíblia, em 1 Coríntios 13, quando se trata de AMOR:
“O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal;
Não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”
Pois é, eu sou de 1988, e ainda acredito nisso. Quero viver. Quero viver o que der para viver agora. Não sei o que será amanhã ou depois. Quero quebrar a cara antes que seja tarde demais, antes que eu fique careta precocemente e insista em ter medo. E aí, meu nobre senhor, MEDO é uma palavra que me deixa sufocada, quase prestes a um ataque cardíaco. Medo é para os fracos — supostamente algo que não sou (sem sombra de dúvidas).
Mas, observando pelo seu ângulo, você tem razão. R-A-Z-Ã-O, eu disse que você tem R-A-Z-Ã-O, quando diz que não quer que eu me arrisque por me amar demais ou algo assim.
Mas é isso mesmo: tenho que viver o que vier. Então, pelo andar da carruagem, vou indo sob as asas dos meus sonhos de hoje, sem correntes ou teorias do que será ou não será. Não quero ser apenas mais uma sombra na parede do seu quarto ou percorrer uma longa estrada que já sabemos qual será o fim. Vou deixar queimar. Vou pegar o trem da última estação de agora. E, neste momento, estou entendendo melhor o que você insistiu em me dizer.
Não se preocupe, entendo perfeitamente. Cada ponto e vírgula colocado e dito em nossa última conversa.
E, depois de toda a conversa registrada em minha mente, eu tive, e tenho, com muito mais sensibilidade e clareza, a minha resposta do dia 29 de março de 2013.
01:35 AM
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