Antípoda.

Talvez eu esteja em um mundo de sombras. Sim!

Mas não desejo ser encontrada — talvez, bem lá no fundo, este seja o meu mundo.

Talvez eu esteja em uma dimensão em que ninguém possa me ver de verdade.

Talvez todos os meus sonhos nunca se tornem realidade.

Eu só queria que, no fim, você pudesse acreditar no meu olhar macabro e descobrisse toda a verdade.


“Nada do que vemos é aquilo que sabemos.”


E então, por um minuto, lembrei dessa questão:

— Sou rebelde, sim. Me mate, se quiser!

(Isto eu disse ontem para minha mãe.)


E agora me sinto mais solta, capaz de respirar novamente.

Porque a fúria que existe em mim, por algumas horas, está controlada.

Mas é aquilo de sempre: dizem que sou rebelde…


(…)


Eu não sou rebelde.

Sou apenas um anjo triste, perdido na escuridão.

Acredite, meu amor: eu canto para me libertar.

Eu durmo para não me matar.

Eu ouço rock no último volume para esquecer dos meus problemas.

E todos falam e me julgam — sem razão.

E eu só estou me associando a esta questão.


(…)


Obs.: Antípoda – Habitante da Terra situado em lugar diametralmente oposto ao de outro. Contrário, oposto.

Texto escrito em 17 de novembro de 2005


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