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Mostrando postagens de janeiro, 2022

Metamorfose

Somente almas gêmeas se encontram em algum lugar. Elas estão uma na outra, o tempo todo. Portanto, enquanto não encontrar a sua alma gêmea: Seja genuíno. Queira dizer — e significar — o que se diz. Seja generoso com o seu tempo, perdoando a si mesmo e aos outros. Seja um presente através da vulnerabilidade e da sensibilidade. Lembre-se de que as dificuldades tornam o coração mais forte. E que a beleza que todos temos é, em parte, formada pelas nossas cicatrizes. As nossas cicatrizes, tanto quanto qualquer outra parte, fazem de nós quem somos: pessoas altamente sensíveis, que sentem intensamente, que sabem que a dor não é um sintoma de fraqueza, mas uma consequência de estar vivo. Quando você faz alguém se sentir seguro neste mundo, quando abriga com o seu abraço nos dias mais difíceis… Se houver alguém que lhe transmita felicidade e compaixão, quando os instantes com ele escaparem do tempo, e o que era antes ficar para trás, e o que era não mais surgir — e, as...

Nós

Nós nunca nos tornaremos reais. E esperamos, secretamente, que as pessoas com quem nos relacionamos consigam conhecer versões nossas que nem nós conhecemos. Porque não sabemos viver a vida. Não temos as ferramentas certas. Porque todo mundo está ocupado demais andando por aí, tentando enganar todo mundo, se fazendo de durões que não se importam com nada. Mas, na realidade, você se importa. Se importa tanto que não consegue suportar estar vivo. E isso é uma merda! Perdemos tudo o que tocamos. Perdemos por medo de sermos nós mesmos, numa ladeira que dá em lugar nenhum — abismo de mentiras gloriosas, banhado por oceanos de contentamento e desolação. Às vezes, o silêncio guia nossa mente de uma forma destrutiva e louca. Às vezes, só queremos fugir, por um corredor que não leve às aflições desenfreadas. Nós permanecemos, onde mundos se colidem e os dias são escritos sob a máscara de mil sóis.

Debruçados

Estamos debruçados em uma janela de erros. Debruçados, esperando. Sempre estamos a esperar qualquer coisa que nos mantenha vivos, que nos salve — nos salve das ilusões que criamos, dos sonhos que pensamos já não nos pertencer, nos salve das catástrofes, ou das pessoas que não nos entendem. Todos estamos debruçados em uma constante janela de sonhos. Debruçados em nossas memórias, em asas gigantescas de amor infinito, graças dos deuses, que se regozijam com a mediocridade humana, a ambivalência afetiva, contornos e mentes que se apagam quando se deitam e dormem, fingindo que tudo vai ser o suficiente. Só que nada é suficiente. Ao fim, fecham suas janelas e dizem adeus! Estamos debruçados em uma janela de amor. Alguns zombam e se esvaem como fumaça. Outros cantam canções, mimicamente encenadas. Outros estão quebrados, dilacerados, cortando laços inimagináveis com linhas de horizontes alheias. Enquanto uns amam, outros estão juntando os cacos. Alguns imag...