‪‎Gabriel García Márquez‬.

"Não sinto nada mais ou menos, ou eu gosto ou não gosto. Não sei sentir em doses homeopáticas. Preciso e gosto de intensidade, mesmo que ela seja ilusória e se não for assim, prefiro que não seja. (...)
Só quero na minha vida gente que transpire adrenalina de alguma forma, que tenha coragem suficiente pra me dizer o que sente antes, durante e depois ou que invente boas estórias caso não possa vivê-las. Porque eu acho sempre muitas coisas - porque tenho uma mente fértil e delirante - e porque posso achar errado - e ter que me desculpar - e detesto pedir desculpas embora o faça sem dificuldade se me provarem que eu estraguei tudo achando o que não devia.
Quero grandes histórias e estórias; quero o amor e o ódio; quero o mais, o demais ou o nada. Não me importa o que é de verdade ou o que é mentira, mas tem que me convencer, extrair o máximo do meu prazer e me fazer crê que é para sempre quando eu digo convicto que "nada é para sempre."
_Trecho retirado do livro, 100 Anos de Solidão.

Comentários

  1. Olá, Srta. Lorak, fico feliz que tenha finalmente conseguido encontrar você.. eu procurei por muito tempo.

    Engraçado como um simples texto fala mais sobre você mesma do que seus próprios pais ou ex amores poderiam, não é mesmo?

    “Só quero na minha vida gente que transpire adrenalina de alguma forma, que tenha coragem suficiente pra me dizer o que sente antes, durante e depois ou que invente boas estórias caso não possa vivê-las.”

    - Risos, risos e mais risos - Quase que eu caio da beirada do meu penhasco! No entanto, em vez de despencar do alto do limite em que me encontro e falecer feliz acidentalmente, resolvo retomar o equilíbrio e deixar a você algumas palavras.

    Você é uma pescadora de sonhos. Gostaria de conseguir meia dúzia de pessoas que fizessem a sua vida ter alguma sentido maior do que você acha que ela tem hoje. Porém, pessoas assim não entram na vida de pessoas que sonham, pois só gostam de pessoas que sabem se mover. E certamente você não é uma dessas pessoas, pois se soubesse se mover, não teria vontade ou tempo de escrever o que escreve, já que pessoas que se movimentam não param até que a vida as parem por elas.

    Para sempre... você sabe que “quase nada” é eterno nesta vida, mesmo assim ainda quer crer que algo seja. Seria hipocrisia demais para uma pessoa só, se não fosse ingenuidade (estado de espírito comum em crianças e adultos sonhadores), ou ainda, algum tipo de malícia (algo que eu apreciaria em doses mais generosas). De qualquer jeito, os antigos já diziam: “verbum volat, scriptum manet” (a palavra voa, a escrita permanece). Será que você tem um ego tão grande capaz de querer perpetuar seus sentimentos transbordados em palavras para até depois que você se for... quer tentar embriagar gerações vindouras com doces pérolas invisíveis aos olhos obnubilados daqueles que não sentem.
    Qual a graça de se tornar mais uma incompreendida na história de um mundo profano? Não se esqueça que eternidade tem a ver com perpetuidade, mas não com imutabilidade. Hoje você craveja os seus sentimentos em palavras, amanhã outros ditarão o que um dia você sentiu, de modo que você nunca tenha sentido o que eles interpretam. Essa chaga é a maior desgraça carregada pelas memórias dos filhos da liberdade que se forram.

    Você não se importa com fatos, não é mesmo? Pois a verdade e a mentira são apenas fatos abstratos colocados sob a perspectiva de alguém. Mas a verdade é que no fundo você se importa e se castiga, não é mesmo?

    Um beijo "carinhoso" no pescoço, Srta. Lorak. ;)

    Ass.: Grey Fox.

    Post Scriptum: Só não se esqueça que sonhos não são vividos sonhando.

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  2. Caro Senhor Fox,
    Eu não lhe procurei, mais já que me encontrou, aproveite á leitura.
    Post Scriptum: "Plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores".

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  3. Certamente, Srta. Lorak, um espírito pré-histórico como o meu não aguarda flores de ninguém, mas agradeço a sua resposta regada à poesia embriagante do velho bardo. William foi realmente um ser inspirado quanto inspirador!




    Post Scriptum: “é sempre mais difícil ancorar um navio do espaço.” (“Ana Cristina Cesar” da esquecida “geração mimeógrafo”).

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