Talvez algum homem, uma coisa qualquer, um dia a destruísse para sempre.

“Tinha um pouco de cerveja na geladeira e ficamos lá sentados, conversando. E só então percebi que estava diante de uma criatura cheia de delicadeza e carinho. Que se traía sem se dar conta. Ao mesmo tempo que se encolhia numa mistura de insensatez e incoerência. Uma verdadeira preciosidade. Uma jóia, linda e espiritual. Talvez algum homem, uma coisa qualquer, um dia a destruísse para sempre. Fiquei torcendo para que não fosse eu.” (Crônica de um amor louco_Bukowski) É engraçado… a vida, os sonhos, as coisas que construímos em nossa mente ao longo do tempo. Os personagens que criamos, muitas vezes, só para não nos sentirmos completamente solitários nesse mar profundo e sem fim. É assim que surge a paixão — ou o que chamamos de amor. Sempre a mesma história: a mocinha conhece o rapaz em um dia X, sob circunstâncias que só os céus, ou o destino, poderiam escrever nas estrelas, ou nas entrelinhas do tempo. Eles se apaixonam desesperadamente, pelos defeitos, qualidades e particulari...