Cenários de uma memória ((Romance))



Take me out tonight
Take me anywhere, I don't care, I don't care, I don't care
And in the darkened underpass I thought
Oh god, my chance has come at last
But then a strange fear gripped me
and I just couldn't ask.


Resumo: O livro é dividido em duas fases da vida do protagonista, na primeira fase do livro, começa com uma visão do jovem protagonista-narrador João Pedro de 17 anos, egocêntrico e popular que sempre estava cercado por pessoas que o amavam por aquilo que ele tinha e não por aquilo que ele era de verdade, ele pensava que á vida era uma eterna manobra de skate, possuía uma vida como qualquer playboyzinho da classe média alta de São Paulo, turminhas de amigos, drogas, sexo, bebidas e muitas futilidades, achava que sua vida era resumida apenas á isso e que com o dinheiro que tinha podia comprar tudo e todos que estivessem ao seu redor. Mas tudo muda, inclusive seus sentimentos e dramas interiores. Com á  chegada de uma novata em seu colégio, seu nome era Ana Karolina e ela havia chegado de Londres para o Brasil, uma garota misteriosa com uma personalidade forte, caráter, tudo isso muito diferente das garotas que cercavam o seu grupinho de amigos, assim que conhece melhor á novata o protagonista-narrador se depara com um sentimento novo, uma realidade que estava tão longe do seu cotidiano, e era algo que ele jamais sentiu por alguém, começa á se dar conta que existe algo forte no mundo, e que se arriscar por algo verdadeiro é mais importante e valioso do que qualquer tesouro secular. Mas como em todo bom livro que li, coloquei uma tragédia e é ai que a história toma um rumo diferente, tudo o que ele imaginava não era mais da forma que pensava ser, seu mundo literalmente caiu embaixo dos seus pés. (...)
  1. Na segunda fase do livro, existi um interlúdio de tempo, João Pedro com 25 anos, desperta dos seus pesadelos, agora pai e maduro, com uma paciência adquirida com o tempo, ele descobre que está mais vivo do que antes e que quando alguém quer pode fazer toda a diferença no seu futuro, viaja para Londres e com a segunda chance que o destino lhe oferece tenta fazer uma busca interior de espiritualidade, paixões e novas descobertas. (...)

  2. Trecho do livro
  3. “Meu Segundo dia em Londres e nada de notícias de Júlia ou de Ana Karolina. Adormeci em frente ao computador e na manhã seguinte quando despertei já era meio-dia do segundo dia de buscas, arrumei-me rapidamente e quase não comi, desci até o hall do hotel e dessa vez não peguei táxi, decidi caminhar pela cidade gelada, parei em frente á Igreja de Westminster Abbey, uma igreja que foi construída no ano de 624, no reinado de Mellitus, com uma arquitetura gótica. Ela ficava perto do Pálacio de Westminster, era famosa por presidir enterros e sepultamentos de pessoas famosas e também quase todos os casamentos da família real Britânica: - realmente é um símbolo anglicano da história da monarquia inglesa, pensei.
  4.  Enquanto apreciava e contemplava tanta beleza e grandiosidade sem igual em um único lugar. Próximo de onde estava observei um grupo de garotas, acho que eram turistas, percebi que uma delas a todo instante me encarava e quando me dei conta ela se aproximou de mim e me perguntou:
  5. - Oi, desculpa te incomodar,  se importa de  tirar uma foto nossa? 
  6. Depois de tudo que ocorreu estava tão distraído e distante que quase não dei atenção ao que á garota me pedia e  de lado disse: 
  7. - Claro!
  8. A moça estendeu sua câmera em minha direção e assim que peguei a câmera veio todas as lembranças de quando eu era um fotógrafo de manobras radicais, eu era enquanto estava dormindo com os meus medos, quando acabei de tirar algumas fotos á garota pega sua câmera, agradece e me convida para tomar um café como forma de agradecimento. 
  9. Num primeiro momento não quis aceitar, porém, lembrei-me que não havia comido direito naquele dia e então resolvi dizer sim. A garota como em um plano,  despediu-se de suas amigas e me levou a uma cafeteria que lembrava muito com as de Paris! Ao sentar na cafeteria, a garota conversava pelos cotovelos sobre Londres e sobre todas as crises que estavam acontecendo, apenas sorria discretamente  e me calava até que ela olhou-me e perguntou:
  10. - O que você deseja na Inglaterra? Não vem com essa história de que é um turista brasileiro ou que quer apenas descanso e diversão. Parece  que esta á procura de algo mais do que isso.
  11. Eu respirei fundo e falei calmamente:
    - Vim á procura de uma pessoa!
  12. A garota na minha frente mudou de feição e acendeu um cigarro que estava sobre a mesa e me disse: 
  13. - Se quiser posso te arrumar a garota que desejar? Por um impulso peguei o cigarro da sua mão e dei um longo trago e exclamei:
    - Não desejo uma garota da forma que está imaginando, quero encontrar a única pessoa que amei e que amarei por toda minha vida, apenas a única, em meio das únicas somente a única que amei nessa existência, que sabe todo os mistérios que existem em minha mente e que um dia decodificou minha alma.
    Só quero á única que sabe o motivo porque continuo aqui, vivo!
    A única que pode decifra todas ás luzes do que sou hoje e que pode me salvar de mim mesmo e da minha escuridão, á única que pode me transportar através de uma felicidade eterna e possível.
  14. Ela me olhou mais profundamente com um brilho no olhar que parecia que estava delirando por dentro, deu um longo suspiro  disse:
  15. - Bem vindo meu nobre amigo apaixonado à minha Inglaterra, a terra dos Beatles, Lordy Shakespeare, Sex Pistols e Wivienne Westwoody e de outros artistas um pouco perdidos, mais que jamais perderam sua essência artísticas e lúdica da vida, que buscaram a verdade e o amor em volta de tudo e todos e assim como você eles se arriscaram e conquistaram aquilo que almejavam porque confiavam em seus corações e que mesmo assim foram felizes com o nada á sua frente! 
  16. Eu revidei perguntando:
  17.  - Foram felizes com o nada á sua frente? Como assim? 
  18. Ela sorriu cinicamente e respondeu-me:
  19.  - Um dia Willian Black escreveu “Se o sol duvidasse, ele desapareceria na mesma hora.” Bem, vamos ao encontro da sua única e antes que eu me esqueça meu nome é Anne Hathaway Blair.




  20. DEDICÁTORIA: Quando li a seguinte frase de Gandhi: “Somente quem pelas setas do amor foi ferido lhe conhece o poder”. Comecei a escrever este romance quando tinha dezessete anos de idade, confesso que foi em uma época conturbada e obscura da minha vida, em meio á depressão, sofrendo com uma experiência amorosa que não deu certo, mas como sempre escrever para mim era e ainda é uma forma de terapia para reverter qualquer angústia e depressão, daí surgiu o livro, mas desde já aviso que á historia contida nele é uma metáfora do que realmente aconteceu comigo. Agradeço ao senhor GBL por me ensinar que um amor verdadeiro pode destruir ou acorrentar uma alma para sempre, e confesso que foi uma pequena homenagem ao grande e soberano dramaturgo Willian Shakespeare que me fascina e me faz querer escrever sobre amores verdadeiros e eternos e á Álvares de Azevedo e Augusto dos Anjos por colocarem em seus poemas magia, amor, originalidade e mistério. Agradeço as bandas, Joy Division, The Cure, The Smiths, Legião UrbanaNirvana e Evanescence por transformarem poesias em sons, á esses e a outros gênios da música e da literatura mundial eu dedico o livro “Cenários de uma memória” um romance baseado nas intrigantes linhas do tempo e do enigmático destino. (...)




Karoliny Lorak

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