Conto: A Tempestade

The Secret Post

Triste Fim de Annie Frost!

Eu tinha acabado de retornar das minhas férias de Natal, quando fui cobrir um caso muito peculiar, uma jovem filha de um famoso milionário foi encontrada morta em um cativeiro ontem á noite e dentro do seu sapato encontraram uma carta onde ela relatava o seguinte:

“Olhou- me como se fosse uma criança e me disse tudo o que eu não gostaria de ouvir, ele gritava em minha direção palavras que eram como adagas afiadas, era simples me quebrar por inteira e dilacerar minhas breves lembranças de sonhos e ilusões. Fiquei inerte sob aquele véu de mentiras que poluía minha alma, fechei meus olhos e caminhei para fora do quarto, lhe deixei falando sozinho. Caminhei pela enorme casa e quase por um instante peguei o caminho errado mais respirei fundo e segui até a porta principal, fui andando como se estivesse em uma maratona, meus pés doíam e decide tirar os sapatos, assim que meus pés tocaram o chão gélido me veio uma breve sensação de liberdade uma liberdade que á muito tempo eu buscava, e naquela noite eu tentava me misturar a ela. Assim que cruzei a porta e vi a avenida na minha frente prossegui sem olhar para trás, ele não merecia essa última consideração da minha parte, absolutamente não merecia. O primeiro táxi que vi passando, fiz um sinal com o braço para que parasse e entrei sem ao menos olhar para o rosto do motorista, ele apenas me perguntou aonde gostaria de ficar e ainda em estado de inércia lhe disse com um olhar distante:
- Me deixe onde os anjos descansam, por favor!
Ele deu uma grande gargalhada e revidou dizendo:
- Não posso lhe levar lá moça, porque não tenho carteira para chegar ao céu!(Risos)
Depois dessa resposta me calei, sinceramente ele jamais iria me entender, na verdade ninguém me entenderia não naquela noite e comecei a observar as pessoas que passavam pela janela, algumas se mostravam felizes e outras apenas caminhavam pela enorme avenida de mais uma metrópole mundialmente famosa. Eu apenas me perguntava mentalmente o que me fazia se casar com um homem que naquela noite descobri da pior forma que havia me traído.Ele me traia desde que nos havíamos nos casado á oito anos atrás e por estar cega de amor não enxergava sua deslealdade e mentiras constantes, mais para mim ele poderia ir pra o inferno, estava ferida e humilhada com suas palavras, como aquele rapaz amoroso, bom e educado que havia conhecido tão bem á muitos anos atrás poderia se transformar naquele monstro capitalista e mentiroso de algumas horas atrás, que estava transando em nossa cama com minha melhor amiga de infância?
Não dava para conter minhas lágrimas que escorriam descontroladamente pela minha fase de tristeza extrema, o motorista me observava pelo espelho e me perguntou com uma cara de pena:
- A senhorita se sente bem? Limpando minhas lágrimas com a ponta do meu vestido preto disse-lhe:
- Estou bem, obrigada por perguntar...Ele insistiu com uma breve pausa: - Noite de Natal ás vezes pode ser tão triste...Mentalmente conversava comigo mesma e responde para mim o que aquilo queria dizer: “Como uma bela mulher que aparentar ter vinte e poucos anos pode estar aqui com esse belo vestido que custa uma fortuna chorando em um táxi que não sabe nem seu destino em uma noite de Natal?”
Mas não ousei responder o que o taxista gostaria de saber e assim que passamos em um parque pedi para que parasse, ali seria minha última parada. Peguei minha bolsa e lhe paguei uma boa quantia, ele com uma cara de surpresa pela gorjeta me disse:
- Feliz Natal senhorita espero que encontre o que deseja!
Ele se foi e eu caminhei pelo parque, me sentei em um banco onde a principal visão era um lago congelado pela neve á minha frente, não havia ninguém no local, só as múltiplas luzes multicoloridas me faziam companhia naquele momento, me pus a pensar em todo que vivi ao lado de um farsante que só havia se casado comigo por interesse financeiro que quanto mais eu me entregava aos seus jogos psicológicos ele me tratava com um cartão sem limites que poderia dar a ele tudo o que ele sempre havia almejado na vida. Lembrei-me do nosso primeiro mês de casados, ele me tratava como se fosse uma boneca me guardando em uma redoma de cristal, mais depois de alguns anos juntos ele tratava melhor os empregados do que a mim que dormia todas as noites ao seu lado, ele sempre era muito calado quando estava ao meu lado e eu sempre fazia de tudo para agradá-lo e nunca era o bastante, ele só me agradava quando precisava da minha assinatura para abrir um novo negócio importante. Houve uma vez ano passado que eu estava doente e precisava ir até o hospital, todos os empregados estavam de folga e eu estava sozinha em casa esperando ele chegar para que me levasse até nosso medico de confiança, eu liguei para seu celular e só dava desligado, desse modo esperei a noite inteira por ele e cai em um sono profundo, no outro dia quando acordei ele já estava se arrumando para ir até o escritório e eu em tom de sofrimento lhe disse:
- Estou doente me leve até o hospital não estou agüentando de dor!
Ele continuou não parou o que estava fazendo e nem olhou para minha cara, nessa mesma manhã liguei para minha melhor amiga Morganne (a traidora) e ela me acompanhou até o médico, chegando lá tive um aborto espontâneo e o pior, só quando pedir meu filho é que descobrir que estava grávida. Entrei em uma profunda depressão e só com esse episodio meu marido se deu conta que a mina de ouro dele poderia secar de uma hora para outra se ele não cuidasse de mim, e ele cuidou muito bem, mudou sua rotina por causa da minha depressão e sempre chegava bêbado em casa e de marido calado ele começou a ficar agressivo, ele sempre me culpava pela morte da criança que não chegamos nem a conhecer, tudo de ruim que acontecia nos negócios era culpa minha, tudo que acontecia em sua volta e dava errado ele sempre me culpava como se eu fosse o seu talismã do azar, mais mesmo ele me tratando desta maneira ele me tinha completamente cativa ao seu lado, meu amor não diminuía parecia que com seu desprezo só aumentava a cada dia, seu corpo para mim era uma espécie de droga letal que eu sempre tinha que ter em meus braços e sentir seus efeitos.
Eu estava tão desesperada para conversar com alguém semana passada sobre meu casamento que tive a infeliz idéia de perguntar a Morganne se ela achava que meu marido estava me traindo, ela sorriu cinicamente e disse que eu estava louca porque o Bobby Jamais me trairia, porque me amava de paixão, que era para eu esquecer aquelas idéias absurdas e até me deu uma sugestão de que eu viajasse sozinha para que ele sentisse saudades, e eu como uma idiota aceitei sua sugestão e viajei, o Bobby achou ótima idéia e disse que eu poderia ficar o tempo que eu quisesse que tudo ficaria bem, que grande imbecil eu fui, viajei para deixar o caminho livre para os dois, hoje de surpresa voltei para casa cheia de presentes e com um novo visual, havia reservado uma mesa no restaurante mais caro da cidade para termos uma noite de reencontro perfeita, só para agradá-lo, desse modo liguei para o escritório dele e a secretária me disse que ele já havia ido para casa, eu pensei em fazer uma surpresa e assim que cheguei a casa subi ao nosso quarto e quando abrir a porta dei de cara com Morganne e Bobby transando. Quando parei de pensar e voltei á realidade a minha volta um lago congelado, e as luzes que brilhavam sem parar me senti a pessoa mais infeliz da face da terra, os flocos de neve começaram á cair e meu vestido de preto começava a mudar de cor e sinceramente não sentia frio, mais sentia que meus lábios estavam roxos e dormentes. Quando olhei para o outro lado havia um rapaz que estava deitado fumando e olhando para o céu, contemplando as estrelas e os pequenos flocos que com o vento até pareciam um pequeno balé particular, eu me atrevi e se aproximei dele e perguntei:
- Oi será que pode me dar um cigarro?
Ele meio que bestificado olhando pra mim disse-me:
- Claro que posso!Colocou a mão no seu casaco e de um dos bolsos tirou a carteira e elevou até minha direção para que eu mesma pegasse o cigarro, peguei e com a mão esquerda o desconhecido acende o cigarro com seu isqueiro que era em formato de uma caveira banhada de metal.Eu agradeci e comecei a fumar o cigarro, quando já ia me retirando ele me fala:
-Se quiser pode ficar aqui conversando comigo, como pude ver eu e você estamos no mesmo barco...
Realmente não tinha nada a perder naquela noite e da mesma forma do desconhecido me deitei sobre a neve e enquanto fumava fiquei imaginando o quanto era verdade que em noites de natal todos se sentiam tristes. Engraçado que era a primeira vez que pensei dessa forma e na verdade depois de tudo que vivi até aquele momento me lembrei de uma frase de Shakespeare “A verdade é a verdade no fim das contas.” Ele me disse:
- Olha só seus lábios estão roxos quer meu casaco para se aquecer pelo jeito você esta com mais frio do que eu com esse vestido?
Eu aceitei e ele educadamente tirou seu casaco e colocou sobre minhas costas, ele sorriu e disse-me:
- Prazer em lhe conhecer sou Kurt!
Estiquei minhas mãos e disse-lhe: -Muito prazer Kurt sou Annie!Começamos a conversar ele mais do que eu, ele conversava sobre sua vida e seus sonhos, eu apenas sorria com sua cara de sonhador e que belo homem ele era. Quando de repente ele me pergunta:
- O que te traz Annie, á este parque sozinha numa noite de Natal?
Eu ainda distante lhe disse: - Descobri uma coisa hoje e eu não quero voltar para casa...
Ele se levantou e me disse: - Olha, eu vou comprar alguma coisa para bebermos se não iremos congelar aqui você quer ir comigo?
Eu balancei a cabeça com um sinal de negativo. Ele saiu até um bar que ficava á menos de 2km de distância para comprar bebida. Eu esperei.Depois de quase meia hora Kurt volta com as bebidas à primeira garrafa de vodka bebemos em questão de minutos, fiquei mais solta e como se perdesse os sentidos lhe disse sussurrando em seu ouvido: - Me diga uma coisa se você fosse casado comigo iria me trair com minha melhor amiga de infância?
Ele me olha de uma forma diferente e como se com aquela frase entendesse todo o motivo de eu estava ali me disse:
- Se te amasse jamais te trairia Annie, mesmo se ela fosse a mulher mais linda do mundo se te amasse jamais te trairia.Gostei da sua resposta mais ainda ecoava na minha mente a cena que havia visto á algumas horas atrás, não dava para esquecer. Deste modo, assim que acabamos a bebida Kurt me faz um convite:
-O que você acha de irmos para uma festa?
Eu disse: - Festa aonde?
Ele me revela:- Bom eu estava aqui deitado esperando alguns amigos para irmos a uma festa que fica a poucas quadras daqui, se quiser se divertir vamos nessa?
Não tinha como recusar o convite e fomos a tal festa, na entrada da casa havia uma enorme árvore de Natal, suas folhas não eram verdes e sim pretas com luzes roxas, a decoração da casa em si era muito fantasmagórica e um jovem rapaz tocava seu violão em um canto da espaçosa sala, ele cantava algumas músicas de Jeff Buckley, mas fisicamente ele lembrava Ian Curtis, em outra parte da sala havia diversas bebidas divididas em prateleiras por cores, e subindo as escadas havia uma decoração com velas pretas, realmente a casa em si era uma bela obra de arte e diferente para uma noite de Natal, fiquei intrigada com a decoração e com o estilo que todos estavam vestidos a maioria estava de preto e roxo. Quando de repente uma mulher se aproxima de Kurt e fala:
- Boa Noite Kurt! Vejo que trouxe uma convidada para nossa celebração.Kurt com uma cara de sarcasmo lhe diz:
- Sophia seja gentil com a Annie, ela esta muito triste hoje e precisa da sua melhor bebida para esquecer os problemas que á atormenta. Não entende muito bem o que Kurt quis dizer com isso, mas Sophia atendeu rapidamente seu pedido, ela caminhou em direção das prateleiras e trouxe uma garrafa muito antiga, fez um sinal para que Kurt pegasse uma taça e me serviram a tal bebida, a bebida era diferente de todas as outras que eu havia bebido, na realidade não era muito fã de bebidas e só bebia socialmente e muito pouco, mas depois da primeira taça, mandei que Kurt me servisse mais e mais, e como se a bebida tomasse conta da minha coordenação motora comecei a sorrir com nada, e gritava como uma louca, até que apaguei literalmente. Na manhã seguinte quando acordei, meus olhos estavam pesados e meus pulsos e pés estavam amarrados, eu estava em um quarto escuro e a única claridade que caia sobre mim vinha de uma pequena janela de vidro que só iluminava o centro do quarto, eu tentava assimilar as coisas lentamente dentro de mim, esquece por algum instante o que havia acontecido na noite passada e quando começava a me lembrar eis que a porta que havia a minha direita se abre, era Kurt que vinha sorrindo em minha direção e me diz:
-Alguém nunca te falou que você não deve confiar em estranhos, Annie? Agora vai pagar pelo seu erro, quero que fale com seu pai e peça a ele que nos mande uma generosa quantia em dinheiro para libertar sua amada e depressiva filha que confia e bebe com estranhos. Esta me ouvindo?Eu com uma cara de desprezo digo:
- Posso ser uma idiota para ter aceitado um convite de um estranho mais sinceramente não sei do que esta falando, quantia para me libertar?Acho que você esta louco, pegou a pessoa errada eu sou órfã!Ele acende um cigarro e traga lentamente e me fala:
- Órfã? (Gargalhadas)
Ele sai do quarto e depois de alguns minutos volta com uma pasta e começa a dizer-me:
- Seu nome é Annie Lee Frost nasceu no dia 23 de abril de 1986, é filha da escritora Emily Lee Brontë e do milionário Arnold West Frost, seus pais se separaram quando você completou cinco anos de idade e desde então sua vida familiar com seu pai é conturbada, com 15 anos era rebelde e andava com os rebeldes do colégio interno onde estudava, com 17 anos quando estava cursando a faculdade de arquitetura conheceu seu atual marido que se chama Bobby, desde então moram em uma grande mansão dada de presente a você por seu amado papai que não gosta de seu marido porque ele não é do mesmo meio social que você, mas aceitou seu casamento com ele mais não foi à cerimônia e dessa forma você ficou mais afastada dele, ano passado teve um aborto espontâneo e entrou em uma profunda depressão, hoje em dia você gasta seu tempo com compras, salão de beleza e coisas que filhas de milionários fazem para perde seus preciosos milhões. Annie não queira mentir para mim, eu passei quatro meses pesquisando sua vida e tudo que deveria saber sobre você esta aqui, sei de todos os seus passos querida!Tentei respirar e como uma força maior, cuspe seu rosto. Ele limpando o cuspe com sua camiseta me responde:
- Rica e mal-educada agora vai me ouvir, vou ligar para a empresa do seu pai e irei pedir um bilhão por você, terá que cooperar Annie.Eu comecei a dar uma breve gargalhada:
- Acha que tenho medo de você? Pois acorda, eu não tenho e definitivamente não irei pedir nada a meu pai, se quer ficar milionário o problema é seu mais não nas custas do meu pai seu idiota, se quer algo vai trabalhar e enfrentar tudo o que ele enfrentou seu covarde!Ele se aproximou de mim e me deu uma tapa na cara, dizendo:
- Se não cooperar vai se arrepender.
Ele saiu.
Depois de algumas horas Sophia entra no quarto com uma bandeja onde havia água e alguns pacotes de biscoitos e algumas barras de cereais, ela desamarra os meus pulsos e me manda comer e eu lhe digo:
- Sophia por favor me sinto fraca quero ir até o banheiro!
Ela com uma cara de pena grita para fora:
- Kurt posso desamarrar os pés dela?
Ele chega até a porta e pergunta:
- Desamarrá-la para que?
Ela replica: Ela esta fraca tem que caminhar um pouco e ela quer ir até o banheiro.Ele faz um sinal de positivo com a cabeça e diz:
- Não tire os olhos dela!
Depois que caminhei até o banheiro pude perceber que meu cativeiro era o sótão da casa onde era a festa da noite anterior, e que os únicos envolvidos com o seqüestro era Kurt e Sophia, quando entrei no banheiro tinha uma pequena janela de vidro e como por um impulso subi no vaso e tentei me pendurar para tentar escapar pela janela, mas Sophia estava do lado de fora e ouviu o barulho estranho que fiz para tentar quebrar a janela e começou a bater na porta para que eu abrisse, eu abri e sai, não era o momento certo para escapar mais eu de certa forma já tinha um plano. Ela me trancou novamente no meu quarto-cativeiro e me manda dormir, mais como dormir se tudo o que eu imaginava era uma forma de sair daquela cilada que o destino me oferecia.
Na manhã seguinte acho que era umas 6 da manhã Kurt me acordou com um ponta pé nas costelas, eu que sem entender o que estava acontecendo fui contemplada com mais um chute e dessa vez atingiu o meu pescoço que imediatamente ficou vermelho, ele estava se divertindo com minha dor e gemidos e pegou o meu cabelo e me levantou e sussurrando ao pé do meu ouvido:
- Bom dia Annie esta gostando da sua estadia no inferno?
Agora vou ligar para seu pai e pedirei o resgate e quando ele manda falar com você responda tudo e seja uma boa menina.
Ele começa a conversa ao celular com meu pai e na hora em que meu pai pedi para escutar minha voz, Kurt aproxima o aparelho até minha direção e começa a me dizer:
-Seu pai Annie fale com ele!Meus lábios não se mexeram e Kurt me da uma tapa na cara mais eu não falo nada, me tranquei ficando muda.
Ele desligou o telefone e começou a gritar palavras de baixo calão em minha direção, Sophia entra no quarto e manda que Kurt se acalme e ele como que se possuído me da um muro na cara, o sangue escorria da minha boca, na hora senti um gosto intenso de sangue e me senti tonta, mais fui salva de agressões maiores quando Sophia segura sua mão e tentou acalmá-lo, eles saem do quarto e me deixam sozinha.Quando se esta em um cativeiro você só pensa se sairá vivo ou não dali, mas no meu caso era diferente, eu não queria sair e se morresse qual o miserável problema?
Eu já não tinha nada que fosse meu, meu marido me traia com minha melhor amiga, meu pai me odiava e sempre esteve certo em relação a Bobby ele era um manipulador, aproveitador que só estava interessado no que eu tinha e não no que realmente eu era, minha mãe havia se casado uma centena de vezes e parecia que nunca estava feliz com nada ao seu redor, se afundou na literatura e desde do divorcio com meu pai ela preferiria esta trancada em sua biblioteca com seus livros do que dando atenção e apoio a sua única filha, minha vida era uma mentira e tudo que estava nela parecia que estava afundando e agora aqui neste cativeiro comecei a dar valor aquelas pessoas que tem uma vida simples e que são felizes com coisas simples, me lembrei do motorista do taxi que me desejava encontrar o que eu desejava, mas na realidade naquele momento o que eu desejava e procurava em outra dimensão era a tão esperada e desejada: PAZ .”

A esperança se foi ontem á noite para Annie Lee Frost, depois de uma ligação anônima a policia encontrou seu corpo em um sótão em uma casa da Zona oeste da cidade, ela estava morta com um tiro na cabeça e varias escoriações pelo corpo e rosto. Mas em segredo desde seu desaparecimento a policia investigava seus últimos passos, do momento em que entrou no taxi até sua conversa com um desconhecido em um parque. Por sorte uma testemunha que havia presenciado o encontro dos dois, lembrava do homem que estava com ela naquela noite e dessa forma a policia já tinha um retrato falado do principal suspeito do crime.Kurt Smith foi preso hoje pela manhã quando tentava embarcar para o México. Mais a surpresa maior foi revelada pelo assassino de Annie quando ele nos revelou em entrevista que o mandante do seqüestro foi Robert Roosevelt, mais conhecido como Bobby, ou seja, o marido da vitima que havia pagado a ele uma quantia de 500 mil dólares para arquitetar o plano do seqüestro. Kurt Smith afirma que só atirou em Annie Frost porque seu marido havia mandado e que a outra cúmplice Sophia havia fugido antes da morte de Annie.E quando lhe perguntei como Annie havia escrito a carta ele nos revela: -Uma hora antes de eu matá-la ela havia pedido uma folha de papel e uma caneta, mais não sabia para que, atende seu pedido até porque Bobby já tinha me contado o destino dela.O fim de Annie foi cruel e funesto, depois que seu pai havia pagado o resgate, o telefone de Kurt toca e do outro lado o marido se sentindo como um Deus lhe dar a sentença “Pode matar ela, o velho já pagou o resgate”.Com a revelação do cúmplice Bobby foi preso na casa do sogro que estava mais surpreso do que o próprio Bobby, quando a policia invadiu sua enorme mansão.O enterro de Annie Lee Frost será amanhã as 04h00min horas da tarde no cemitério Doce Descanso e terá uma grande participação popular de pessoas que acompanharam desde o começo na imprensa a triste e dolorosa historia de uma jovem que morreu porque se envolveu com o homem errado. Justamente é nesse momento que devemos parar e respirar e tentar calmamente entender a mente de um assassino frio e calculista que manda matar sua própria esposa por dinheiro e ainda está pessoa mesquinha e infeliz tem a audácia de dizer que queria ser feliz, como ser feliz com um carma desses dentro de si?Na verdade o mandante do crime foi ele mais quem atirou foi Kurt e nessa historia a única vitima foi Annie uma jovem que buscava paz, mais esperamos que neste momento ela tenha encontrado o que desejava e assim como disse o seu destino ao motorista ela tenha parado “aonde os anjos descansam!”


Karolliny Earnshaw
Editora-chefe do Jornal The Secret

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