Momento Psicóloga


O novo livro que estou lendo é sobre psicologia, estou no primeiro volume intitulado: “PRÁTICA DE PSICOLOGIA MODERNA”, li hoje algo que queria dividir com vocês; diz o seguinte:
AGRESSIVIDADE: - Mecanismo de defesa que se caracteriza pelo comportamento de ações tendentes á atacar, opor-se á situações, ser contra os fatos.
Assim tendo, pode-se dizer que á agressividade é o oposto da fuga das dificuldades. Como afirma Ortega y Gasset, o impulso da agressividade é um “viver contra o mundo”. Mas não se trata propriamente do sentido comum da palavra “briga”, e sim trata-se do sentido de tomar iniciativas e realizar ações que implicam num valor, num esforço, na coragem, procurando vencer os problemas da vida, eliminar as barreiras, sendo, pelo menos nesta acepção, um comportamento adaptativo positivo. Mas quando á agressividade toma proporções maiores, impedindo uma ação coerente por parte do individuo, acaba se tornando prejudicial, pois escapa ao controle.
A agressividade advém de uma frustração, e quando a barreira que á provocou não pode ser facilmente identificada ou então quando se trata de um conflito – e portanto não havendo um objeto claro contra o qual o individuo possa dirigir seu impulso agressivo – acaba acontecendo que a agressividade se torna maior e dirigida contra diversos objetos, que poderão até não ter nada a ver com frustração.
Em outras situações, a agressividade pode ser deslocada de sua verdadeira fonte. É o caso, por exemptlo, do menino que por educação e respeito, não pode revoltar-se contra sua mãe que o puniu; então, volta-se contra outras coisas ou pessoas. Esse outro objeto procurando a fim de extravasar o impulso, para o qual se volta á agressividade, passa á ser exemplo de que o povo chama de “bode expiatório”.
A agressividade pode provir de um recalque, e portanto, se acha na base de algumas desordens psicológicas. Segundo experimentos recentes, a ira e á agressão, não constituem forças primárias independentes, mas sim parecem ser forças secundárias, originarias de necessidades de afeição e de afirmação frustradas, ou seja: nascem em crianças que não receberam suficientes contatos afetivos. Daí se verifica a importância da afetividade para a vida humana normal. De fato, a personalidade psico-social do ser humano pode desenvolver-se mais facilmente quando sua afetividade se concentra mais nos outros do que em si mesmo, o que significa um duplo valor para á afetividade – ela é importante para quem recebe, mas também para quem dá. No caso da criança, a afetividade é muito importante, inclusive para evitar que ela se deixe dominar pelos impulsos agressivos.
Interessante notar que algumas culturas desconhecem a “necessidade” da agressividade, considerada esta como impulso que leva á ação, a luta pela
obtenção de sempre mais. A vida moderna, entretanto na cultura ocidental, exige do ser humano uma dose de agressividade para enfrentar convenientemente os problemas diuturnos. Como diz K. Horney em seu livro The Neurotic Personality of Our Time: “a cultura moderna esta economicamente baseada no principio da competição individual. O indivíduo isolado tem que lutar contra outros indivíduos do mesmo grupo para suplantá-los e, freqüentemente, tirá-los do caminho. A vantagem, de um, no mais das vezes, é a desvantagem do outro. O resultado psíquico dessa situação é uma difusa e hostil tensão entre os indivíduos. Cada qual é um competidor real ou potencial de todos os outros indivíduos”.
Por seu turno, Freud explicou, a respeito dos instintos primitivos, que há de um lado dos instintos da vida (chamando-os de Eros) e correspondendo aos impulsos sexuais, e de outro lado os instintos da morte (tanatos), que correspondem á agressividade.
O criador da Psicanálise baseia essa dualidade psicológica em fatores biológicos, dizendo: “baseando-nos em razões teóricas aplicadas á Biologia, admitimos á existência de um instinto de morte, tendo por função reconduzir tudo quanto é dotado de vida orgânica ao estado inanimado, enquanto que á meta perseguida por Eros consiste em complicar a vida e, naturalmente, em mantê-la e em conservá-la”.
(Página:17/18/19.Dicionário da psicologia prática)

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